Les Sylphides (Chopiniana), por Ana Botafogo, a partir da obra de 1909 de Mikhali Fokine (1880-1942).
Clássico, o espetáculo evoca a era romântica do balé para retratar o encantamento de um poeta sonhador pela dança das sílfides, seres mágicos que habitam as florestas. Sob o luar, elas materializam o ato poético em seus movimentos e desenham o palco com arabescos, resultando em uma obra de grande beleza contemplativa.

Casa Flutuante, de Beatriz Hack.
A obra revela diferentes conceitos de “casa” e suas impermanências na cena. Conduzidos por uma trilha sonora eclética, o elenco flutua entre os gestos propostos pela coreógrafa e desenvolvidos a partir da experiência pessoal de cada um. Os movimentos individuais e de grupo exploram as relações humanas e interpessoais. 

Estreia de Ataraxia, de George Céspedes.
Reconhecido por seu estilo singular, que combina dança com elementos geométricos e matemáticos, o coreógrafo — um dos grandes nomes da dança contemporânea global — desenha no palco grandes formas por meio do movimento coordenado de grupos de bailarinos, adicionando contrastes dinâmicos e emocionais à narrativa. De origem grega, a palavra Ataraxi significa ausência de perturbação. No estoicismo, representa um conceito central: a dor não está na mudança, mas na resistência a ela. Busca-se, assim, um estado de serenidade imperturbável, no qual a mente se mantenha equilibrada diante das adversidades.