A Estação dos Lemes é mais do que um simples ponto de partida para os trens; é um marco histórico que testemunhou o nascimento e a evolução da cidade de Leme ao longo dos anos. Inaugurada em 1877, a estação e o antigo galpão foram reconstruídos em 1891, marcando um período de grande desenvolvimento e expansão na região. Depois, em 1916, passaram por uma reforma e, por décadas, serviram tanto para o transporte de passageiros quanto para o de cargas. Os trilhos pulsavam com a vida e a economia da cidade, conectando-a a outras regiões e impulsionando seu crescimento. Embora os dias de trem tenham ficado para trás e os trilhos tenham sido retirados, a história da estação foi cuidadosamente preservada. A praça onde ela fica foi revitalizada, transformando-se em um espaço vibrante de cultura e eventos. A antiga estação e o galpão foram mantidos e agora são conhecidos como Estação Cultural de Leme, um espaço que preserva não apenas o arquivo histórico da cidade, como também a memória e as raízes locais, com a realização de exposições permanentes e itinerantes, oficinas culturais, palestras, saraus e uma variedade de atividades culturais que enriquecem a vida da comunidade.
O povoamento de Leme teve início em 1876, coincidindo com a chegada da ferrovia, em território que, até então, pertencia ao município de Pirassununga. Em 1875, a Companhia Paulista, em parceria com o Governo da Província, iniciou a construção de um ramal ferroviário que partiria de Cordeiros (atual Cordeirópolis), passando por Araras e Pirassununga, até alcançar o Rio Mogi Guaçu, em Porto Ferreira. As obras começaram em 1876 e no ano seguinte foi inaugurada a primeira seção da linha, entre Cordeiros e Araras, e também a Estação de Manuel Leme. Com o crescimento de um núcleo ao redor desta estação, os moradores decidiram fundar uma capela e uma cidade.
Crédito foto: Cibele Arle
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