Inaugurada em 1884, a Estação Ferroviária de São Carlos foi construída em um dos pontos mais altos da cidade. Com o centro urbano aos seus pés, tornou-se símbolo do progresso local no fim do século XIX e início do XX, sendo palco de transformações sociais, econômicas e culturais que influenciarem gerações de são-carlenses. A chegada dos trilhos à região foi marcada por disputas políticas e interesses econômicos.
Desde 1873, a Companhia Paulista detinha a concessão do trecho além de Rio Claro, mas divergências sobre o traçado adiaram o avanço até São Carlos. Liderados pelo Barão do Pinhal e o Visconde de Rio Claro, cafeicultores da região pressionaram por um trajeto que favorecesse suas propriedades. O impasse levou à criação da Companhia Rio Claro de Estradas de Ferro — a primeira do Brasil sem garantia de juros do governo. Em 1882, iniciaram-se as obras que trariam a ferrovia à cidade, consolidando a estação como um marco do desenvolvimento regional. Atualmente, ela é um espaço de grande movimento histórico e cultural.
São Carlos começou a ser povoado no final do século XVIII, com a abertura de uma trilha que levava às minas de ouro de Cuiabá e Goiás. Saindo de Piracicaba, passando por Rio Claro, subindo as escarpas das encostas do planalto, passando pelos campos, matas e cerrados de Araraquara, levas de povoadores se estabeleceram na região. A história de São Carlos tem início em 1831, com a demarcação da Sesmaria do Pinhal. Na fundação, em 1857, a povoação era composta por algumas pequenas casas ao redor da capela e seus moradores eram, em sua maior parte, herdeiros da família Arruda Botelho, os primeiros proprietários das terras da Sesmaria do Pinhal.
São Carlos é elevada à categoria de vila em 1865 e, apenas 15 anos depois, a cidade. Entre 1831 e 1857, são formadas as fazendas de café pioneiras, marcando o início da primeira atividade econômica de maior expressão em São Carlos. A lavoura cafeeira chega à Fazenda Pinhal em 1840 e se espalha por todas as terras férteis no município, tornando-se o principal produto de exportação.
Crédito Foto: Mariana Navarro
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