Oficialmente renomeado Parque João Doria Capivari, o espaço passou por uma transformação arquitetônica e urbanística. Agora, o parque conta com um palco para apresentações, uma escadaria moderna que também serve como arquibancada, e novos brinquedos. Para os entusiastas de história, uma peça da Estação Emílio Ribas foi convertida no Centro de Memória Ferroviária de Campos do Jordão, um pequeno museu que narra a história da estrada de ferro na cidade. O centro funciona apenas durante o dia e a entrada é gratuita. Localizado no Parque Capivari, o Centro de Memória Ferroviária de Campos do Jordão foi inaugurado em dezembro de 2016 e oferece aos visitantes uma tradição na história da ferrovia. O centro exibe uma coleção de itens históricos, como mobiliário de escritório, máquinas de escrever e calcular dados de 1920, telefones de parede da década de 1928, relógios de ponto de 1950 e antigas ferramentas de manutenção.
Ao entrar, os visitantes são recebidos por uma raridade: uma automotriz movida a gasolina que transportava passageiros entre Pindamonhangaba e Campos do Jordão, em uma viagem que durava cerca de 12 horas. Construída na década de 1910, esta automotriz usava peças mecânicas do automóvel francês Berliet e, em 1922, recebeu um motor Mercedes. Continuou em operação até a eletrificação da ferrovia, funcionando até meados da década de 1960, chegando a operar alguns horários no serviço de subúrbio em Campos do Jordão.
Outro destaque é uma maquete do circuito ferroviário, feita por funcionários na década de 1940, e uma vitrine com documentação dedicada a Emílio Ribas, o médico sanitarista que idealizou a Estrada de Ferro Campos do Jordão junto com Victor Godinho, com o intuito de facilitar, à época, o transporte de vítimas de tuberculose aos sanatórios instalados na cidade.
Na parte externa do Centro de Memória, os visitantes podem ver uma locomotiva elétrica rara, de prefixo T-1, totalmente restaurada e originária da frota do Tramway do Guarujá e que foi incorporada à EFCJ em 1956.