Patrimônio

Estação Ferroviária de São José do Rio Preto

Estação Ferroviária de São José do Rio Preto

Praça Paul Harris, 60

A primeira estação ferroviária de São José do Rio Preto, inaugurada com grande festa em 1912, era uma edificação térrea, de formato retangular e pouca ornamentação, coberta por telhado de duas águas. O frontão característico das estações da EFA foi acrescentado posteriormente.

Contudo, no final da década de 1930, a estrutura da estação original já não atendia mais o volume de escoamento dos produtos transportados, e, em 1941, foi inaugurada uma nova estação, após a demolição da antiga. O novo prédio, em estilo Art Déco, trouxe modernidade ao edifício. Durante a primeira metade do século XX, a malha ferroviária foi o principal meio de escoamento da produção agropecuária. Inicialmente a commodity transportada era o café, um dos principais produtos nacionais de exportação. Essa malha constituía o mais rápido, seguro e confortável meio de transporte de passageiros.

A partir dos anos 1960, com o estímulo e investimento governamental para a construção de rodovias e o desenvolvimento crescente da indústria automotiva, o setor ferroviário enfrenta um período de estagnação e inevitável declínio. O último trem de passageiros partiu de São José do Rio Preto com destino a Itirapina em 2001. Atualmente, o prédio histórico abriga o Museu Ferroviário da cidade, que promove atividades educativas, exposições temporárias e eventos culturais para todas as idades.

A história de São José do Rio Preto começa por volta de 1840, com a chegada de mineiros que, fugindo do declínio do ciclo do ouro, iniciaram o desbravamento do sertão brasileiro e a exploração agrícola e pecuária.
Impulsionada por doação de terras e pela construção das primeiras casas, a cidade foi fundada em 1852, conquistando sua independência em 1894. A região já era um ponto estratégico em rotas comerciais que ligavam Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. No entanto, a necessidade de escoamento da crescente produção cafeeira acelerou a demanda por infraestrutura.

A chegada da Estrada de Ferro Araraquarense (EFA), em 1912, aguardada com forte pressão pelos rio-pretenses, foi um divisor de águas. A ferrovia transformou a cidade, que foi fim da linha até a década de 1930, consolidando-a como um pólo comercial e distribuidor de produtos para toda a região, gerando um grande desenvolvimento econômico, urbano e social. Atualmente, São José do Rio Preto se destaca como um dos principais polos industriais, culturais, educacionais e de serviços do interior paulista, mantendo a herança de sua vocação econômica e sua posição central no desenvolvimento regional.

Foto: Thais de Freitas

 

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