Quatro edifícios históricos e de alto grau de representatividade para os santistas são cenário da Jornada do Patrimônio 2025, em Santos: a Estação do Valongo, o Garagem e Oficina dos Bondes (Armazém 12-A), o Cassino do Monte Serrat e o Paço Municipal. Cada um expressa momentos distintos do desenvolvimento urbano e simbólico da cidade. Um quarteto de relevância arquitetônica, valor histórico e centralidade na formação da identidade santista, permitindo ao público um percurso que articula memória, poder e transformação urbana.
O Paço Municipal, construído em 1939 em estilo eclético com influências neoclássicas, representa a institucionalização da administração pública em um período de expansão urbana e modernização. Em seu interior, abriga o Salão Nobre Esmeraldo Tarquínio e a Sala Princesa Isabel, que mantêm preservadas as características originais Luís XVI, incluindo vitrais que retratam valores como Liberdade, Justiça e Nacionalidade. Desde 2021, possui um terraço panorâmico com cafeteria que oferece uma vista privilegiada da paisagem da Praça Mauá e arredores.
No litoral do estado de São Paulo, Santos é uma das cidades mais antigas do Brasil, com um patrimônio construído que reflete sua importância histórica, especialmente como polo portuário e econômico desde o período colonial. O centro histórico concentra edificações dos séculos 19 e 20, casarões ecléticos, além do Teatro Coliseu e o prédio da Bolsa do Café, símbolo do apogeu cafeeiro. Também encontram-se edifícios sobreviventes do século 17 e 18, como o antigo Outeiro de Santa Catarina, a Casa do Trem e a Igreja de Valongo, que testemunham a formação urbana e a consolidação da cidade ao longo do tempo. Esses bens materiais revelam diferentes fases do desenvolvimento urbano e social de Santos e são amparados por políticas públicas de preservação e valorização, compondo uma paisagem histórica que permite compreender a trajetória da cidade por meio de sua arquitetura e espaços simbólicos.

Foto: Condepasa